Tudo começou quando Andrei, um dos webmasters deste digníssimo site, chegou até mim com uma intimação e voz firme.

- Não irei colocar o site no ar sem um texto seu!

“Uau”, pensei, “ainda há homens com visão empresarial no mundo!”. Ele, com certeza, deve ter notado que publicar minhas histórias e conselhos irá garantir público ao site. Afinal, como diria minha deusa Patty Diphusa, sou o tipo de pessoa que protagoniza a época em que vive.

A proposta pendia até para o indecente, uma vez que, além de dar pitacos sobre relações amorosas, sou homem vivido e, portanto, histórias não me faltam para orientar os desnorteados homossexuais. Acredito que o webmaster tenha julgado que sou um bom exemplo para as pessoas. Ou não (o que é ainda mais interessante).

A reflexão com meus botões não durou sequer cinco segundos e o fato é que eu topei na hora o convite, até porque adoro rapazes que impõem intimações. Não sou o tipo de homem que dá para trás diante de um desafio autobiográfico (sem trocadilhos, por favor). Por isso estou aqui. Tudo bem que não sou um escritor como Pedro Almodóvar, Dan Brown ou a mulher que inventou toda aquela balela de Harry Potter, mas me garanto quando o assunto é a relação de amor e ódio pelos homens. Experiência eu tenho para dar, vender e contar.

Formalizando minha estréia triunfal, me chamo Jacob. Isso mesmo, sem sobrenome. As maiores (e melhores) celebridades que já existiram nunca dependeram de sobrenome para ditar tendências. Basta lembrar do espantalho da Cher ou da ainda-firme Madonna. Portanto, sou apenas Jacob (Jack para os íntimos) e isso já basta para vocês, leitores atentos e ávidos de curiosidade sobre minha vida afetiva-sexual.

Vale também dizer a cada um de vocês que me lêem que sou um homem muito original e, por conta disso, podem ocasionalmente se apaixonar por mim. Ao contrário daqueles que vivem se masturbando e lamuriando o tempo todo (os jovens de hoje são viciados sexuais e sentimentalistas), aproveito meus dias usufruindo a virilidade masculina daqueles que têm a sorte de passar algum tempo comigo. As experiências que irei relatar aqui, inclusive, são excelentes sugestões de como aproveitar os homens em sua totalidade e limitação (não se pode exigir que todos sejam bons de cama).

Não é à toa também que a maior estrela pornô internacional, Patty Diphusa, veio até me pedir conselhos quando entrou em crise existencial, há alguns anos. Ela, que era tão acostumada a “agradar” os homens na década de 1980, entrou em parafuso quando, na década seguinte, começou a envelhecer e nenhum homem a abordava com tanta fome e freqüência (com exceção dos bêbados e drogados, que, em geral, não se preocupam com rugas e pelancas). Pobre coitada. Demorou a se restabelecer. Mas hoje, vive feliz da vida depois que descobriu a infame “siririca”.

Para finalizar, não posso deixar de invejar cada um dos leitores. Gostaria que um homem experiente como eu também me socorresse quando a inexperiência e imaturidade ainda tomavam conta de mim (e isso aconteceu até os meus 8 anos de idade, quando finalmente me libertei).

Enfim, era isso. Até o próximo capítulo.